Dália, A Dedicada

Igreja de Algosinho

A igreja de Algosinho é uma igreja com uma arquitectura românico bastante simplificada, possuindo um portal frontal sem decoração. Na fachada, rematada por um pequeno campanário, ressalta uma rosácea com estrela de David. Os elementos decorativos mais emblemáticos concentram-se na cachorrada do templo. O seu interior revela uma grande rusticidade. No adro desta igreja guardavam-se três estelas funerárias romanas, provenientes do termo da aldeia. Do conjunto de quatro estelas recolhidas em Algosinho, duas deram entrada no Museu das Terras de Miranda, onde integram o espólio desta unidade museológica.

Apesar da região periférica em que se localiza (no extremo ocidental de Trás-os-Montes e afastada dos principais caminhos de ligação Norte-Sul e Este-Oeste), o templo possui uma insuspeitada monumentalidade interior que, face às condicionantes histórico-geográficas, se torna difícil de explicar. Sabemos que, em meados do século XII, os Templários detiveram uma importante parcela deste território, mas entregaram-na à coroa ainda antes de finalizar a centúria e, mais importante, antes de se iniciar a construção da actual igreja. Por outro lado, desconhecemos qual a importância de Algosinho neste processo, e ainda que ela tivesse um castelo (não se sabe exactamente desde quando) não a podemos relacionar directamente com os Templários.

O templo atual deverá datar de uma época avançada do século XIII, senão mesmo do seguinte. Ele é um dos mais inequívocos exemplos de como, nas regiões setentrionais e periféricas do reino, o Românico ultrapassou, em muito, a vigência natural estilística, onde o Gótico só escassamente penetrou. É um facto que Algosinho possui alguns elementos goticizantes (como o uso sistemático do arco quebrado ou a tentativa de maior ampliação espacial); mas é também verdade que, globalmente, estamos perante uma obra românica, com as suas paredes compactas, escassamente fenestradas, e, principalmente, com os seus modilhões, evocadores ainda de um mundo civilizacional românico – sendo certo que foi ao nível destes elementos que a maneira românica mais se prolongou no tempo.

Para informações mais detalhadas, por favor consulte: https://www.culturanorte.gov.pt/patrimonio/igreja-de-algosinho/

Visita mediante marcação prévia.

M. Algosinho, Mogadouro
T. (+351) 279340501 ou (+351) 226197080
E. turismo@mogadouro.pt ou dsbc.drcn@culturanorte.gov.pt
S. https://www.culturanorte.gov.pt/patrimonio/igreja-de-algosinho/