11 burros, 11 destinos
Conheça os Burros que pode apadrinhar
e descubra os destinos por eles indicados no Planalto Mirandês
Entre o mundo vertical das arribas e ondulantes searas douradas, o Planalto Mirandês estende-se pelos concelhos de Miranda do Douro, Mogadouro, Vimioso e parte de Freixo de Espada à Cinta e Torre de Moncorvo, num admirável mosaico de paisagens. Outeiros coroados por bosques de azinheiras e carvalhos, lameiros bordejados de freixos, rios em vales encaixados de enorme riqueza biológica, são habitat preferencial de aves majestosas como o grifo, o abutre-do-Egito, a águia-real e a ameaçada águia-de-Bonelli, assim como de mamíferos como lontras, corços e raposas.
Num raro equilíbrio que teima em manter-se ao longo dos tempos, as paisagens humanizadas integram-se na própria natureza, com as aldeias dispostas em novelos de casas antigas, vigiadas nas encostas pelos pombais e nas hortas por elegantes picotas, que permanecem como testemunhos vivos de utilizações seculares. É aí que são preservadas tradições, usos e costumes únicos, como o artesanato executado por mãos sábias, a música com sonoridades que dão vontade de bailar, a língua mirandesa, que permanece como elo cúmplice entre avós e netos, a rica gastronomia que traz para a mesa os sabores do campo.
Conheça os burros que pode apadrinhar e descubra os destinos por eles recomendados no Planalto Mirandês para usufruir das suas férias num ambiente descontraído, seguro e de aprendizagem.
No atual contexto de pandemia execute as medidas concretas para a segurança de todos e para cumprimento das regras de distanciamento físico. Cumpra as condições de visita aos espaços. Os horários, locais e alguns serviços podem ter sofrido alterações provisórias. Recomendamos que confirme antes de se deslocar.
Num raro equilíbrio que teima em manter-se ao longo dos tempos, as paisagens humanizadas integram-se na própria natureza, com as aldeias dispostas em novelos de casas antigas, vigiadas nas encostas pelos pombais e nas hortas por elegantes picotas, que permanecem como testemunhos vivos de utilizações seculares. É aí que são preservadas tradições, usos e costumes únicos, como o artesanato executado por mãos sábias, a música com sonoridades que dão vontade de bailar, a língua mirandesa, que permanece como elo cúmplice entre avós e netos, a rica gastronomia que traz para a mesa os sabores do campo.
Conheça os burros que pode apadrinhar e descubra os destinos por eles recomendados no Planalto Mirandês para usufruir das suas férias num ambiente descontraído, seguro e de aprendizagem.
No atual contexto de pandemia execute as medidas concretas para a segurança de todos e para cumprimento das regras de distanciamento físico. Cumpra as condições de visita aos espaços. Os horários, locais e alguns serviços podem ter sofrido alterações provisórias. Recomendamos que confirme antes de se deslocar.
Mapa Ilustrado
Durante a sua viagem,
preserve o Planalto Mirandês
O Planalto Mirandês tem muito para oferecer. Este é um território de todos e para usufruto de todos, mas é em especial dos que o habitam de forma permanente, as populações locais, a fauna e flora aqui existentes. Por isso, respeite e ajude a proteger os seus recursos e a melhorar o ecossistema presente para as futuras gerações. São poucas as regras, mas seguindo-as, podemos aumentar o impacto da natureza em todos nós. Seja um visitante responsável!
- Siga apenas pelos trilhos sinalizados;
- Evite barulhos e atitudes que perturbem a paz do local;
- Proteja o Património Geológico: não colha amostras de rochas;
- Observe as plantas sem as colher;
- Observe a fauna sem perturbar;
- Coloque o lixo nos locais a este destinado;
- Não acampe e faça fogo, nem deite para o chão beatas acesas. Em alguns períodos é mesmo proibido fumar nos espaços florestais;
Se observar algum comportamento negativo face à natureza, contacte o SOS Ambiente 808 200 520. Em caso de acidente contacte o serviço de emergência 112.
Tenha ainda em atenção que em algumas áreas, durante a época de caça (15 de agosto a 28 de fevereiro) às quintas-feiras, fins-de-semana e feriados, podem ocorrer atividades cinegéticas.
- Siga apenas pelos trilhos sinalizados;
- Evite barulhos e atitudes que perturbem a paz do local;
- Proteja o Património Geológico: não colha amostras de rochas;
- Observe as plantas sem as colher;
- Observe a fauna sem perturbar;
- Coloque o lixo nos locais a este destinado;
- Não acampe e faça fogo, nem deite para o chão beatas acesas. Em alguns períodos é mesmo proibido fumar nos espaços florestais;
Se observar algum comportamento negativo face à natureza, contacte o SOS Ambiente 808 200 520. Em caso de acidente contacte o serviço de emergência 112.
Tenha ainda em atenção que em algumas áreas, durante a época de caça (15 de agosto a 28 de fevereiro) às quintas-feiras, fins-de-semana e feriados, podem ocorrer atividades cinegéticas.
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O Brincalhão
Atenor - Centro de Actividades Lúdico Pedagógicas do Burro de Miranda
Nascido a 20 de Abril de 2005, o Atenor é um dos burros mais viajados da AEPGA. À sua alma de viajante alia o talento para a comédia. Tem um gosto especial em cativar o público com as suas hilariantes habilidades, sendo a mais famosa de todas a forma como põe a sua comprida língua de fora. Apesar de estar a viver no Centro de Valorização do Burro de Miranda (CVBM), o Atenor reconhece a importância de aprender a brincar e convida-o a visitar os seus outros amigos orelhudos no Centro de Actividades Lúdico-Pedagógicas (CALP) do Burro de Miranda, integrado no Parque Ibérico de Natureza e Aventura de Vimioso (PINTA - Vales de Vimioso). Este novo espaço atribuído à AEPGA, materializa a sua função educativa, utilizando a visita aos estábulos e à vasta área de prado em redor para saciar a curiosidade sobre o Burro de Miranda. -
Bulhaca - Castelo de Algoso
Bulhaca - Castelo de Algoso
Doce, meiga e extremosa, é aquela que não tira os olhos das suas crias. Sempre atenta às suas necessidades, sempre disposta a dar carinho ou a alinhar numa brincadeira. Com quinze anos - nasceu a 23 de Fevereiro de 2006 -, a Bulhaca já foi mãe várias vezes e trata os seus burricos sempre com o mesmo desvelo. Amorosa como é, a Bulhaca não o irá desapontar, e o destino recomendado é o altaneiro Castelo de Algoso. Situado a sul da povoação de Algoso, no concelho de Vimioso, está em posição dominante sobre o cabeço da Penenciada, dominando a planície envolvente e a confluência da ribeira de Angueira com o rio Maçãs. A Bulhaca aconselha-o a visitar o castelo sem pressa e com binóculos, até porque pode ser surpreendido por um conjunto interessante de aves: caso do grifo (Gypsfulvus), o abutre-do-Egipto (Neophronpercnopterus), a águia de Bonelli (Aquila fasciata) ou o peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus). O castelo possui um centro de interpretação extra-muros e é ali que se deve dirigir em primeiro lugar. -
Cuca - Moinho de Quintanelas
Cuca - Moinho de Quintanelas
Nascida a 11 de Abril de 2006, Cuca é a “top model” do Centro de Valorização do Burro de Miranda. Bonita e elegante, mantém a linha com treinos diários no lameiro. Apesar do seu vigor, a Cuca é uma burra recatada que gosta de sossego e um dos seus maiores prazeres, para além de correr, é pastar e conviver harmoniosamente com os seus companheiros de estábulo, especialmente com a sua grande amiga Dália. A vida da Cuca ganhou também um novo significado quando, em Julho do ano passado, foi mãe da Quietude, a sua terceira cria. Entusiasta de caminhadas, a Cuca propõe-lhe um passeio pelo Trilho PR1 VMS – Pelas margens do rio Angueira para desfrutar e ficar a conhecer melhor a riqueza paisagística desta zona. Ao longo das suas margens parta à descoberta de tudo o que está intimamente ligado ao rio. A galeria ripícola, com salgueiros, amieiros, choupos e freixos, que cobrem o leito do rio, e tornam mais fresca a sua caminhada. A fauna ribeirinha e aquática – o guarda-rios, a alvéola, a lontra, a rela, as libélulas e o barbo. Os testemunhos antigos da presença humana – a ponte medieval de S. Joanico, os açudes, os canais e os moinhos para moer o cereal - entre os quais o Moinho de Quintanelas -, os pontões para atravessar o rio e as noras para extrair água do rio. -
Dália - Igreja de Algosinho
Dália - Igreja de Algosinho
Com 13 anos – nasceu a 28 de Fevereiro de 2008 -, a Dália é uma fêmea robusta, amiga das suas amigas, embora demonstre uma especial afeição pela Cuca, com quem partilha todas as tricas e segredos dos estábulos. Muito dedicada e preocupada com a saúde dos seus semelhantes, não perde uma ocasião para partilhar os conhecimentos e receitas saudáveis de alimentação que vai adquirindo com os outros burros e burras, estando sempre a par das últimas tendências do momento. Depois de tanto cochichar, a Dália lá chegou à conclusão do melhor destino a visitar e guia-o até à Igreja de Algosinho, situada no centro do Parque Natural do Douro Internacional, na aldeia com o mesmo nome, no concelho de Mogadouro. Este curioso templo tardo-românico de planta longitudinal, é composto por uma nave rectangular e capela-mor quadrada. Sobre o portal destaca-se uma rosácea, inserida numa moldura reentrante, com o desenho da estrela de David e dois motivos circulares. Esta igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde o ano de 1955. -
Dom Quixote - Paisagem sobre o vale do Rio Angueira
Dom Quixote - Paisagem sobre o vale do Rio Angueira
Fazendo jus ao seu homónimo, o Dom Quixote é um autêntico asinino andante. Nascido a 6 de Março de 2008, tem sido considerado como um dos melhores companheiros de viagem da sua geração e está sempre pronto para meter cascos a caminho, chegando a ser destacado como líder das caminhadas com burros. Com um modo de vida errante e aventureiro, o Dom Quixote só o poderia encaminhar para uma vista desafogada, onde o Castelo de Algoso pode ser visto no horizonte. No sentido Teixeira – Mora, no concelho de Miranda do Douro, seguindo em direcção ao vale do rio Angueira, encontrará uma paisagem espectacular sobre toda a área em redor, de onde se destaca a poente o imponente castelo de Algoso, no concelho de Vimioso. É um local único para assistir ao pôr-do-sol, ou para desfrutar de um momento de contemplação e leitura da paisagem. -
Dulcineia - Lameiro em Angueira
Dulcineia - Lameiro em Angueira
E agora que já conhece o Dom Quixote, chegou a hora de lhe apresentarmos a Dulcineia, a sua irmã gémea. Ter partilhado o ventre acabou por moldar a personalidade desta burrica, que adora ter companhia por perto. Quando se tornou mais autónoma do mano aventureiro, tornou-se na amiga cúmplice da Bulhaca, partilhando com ela todos os instantes, das brincadeiras às refeições. A actividade de andar pela paisagem para pastar é das favoritas da Dulcineia, que aproveita esta Campanha para dar a conhecer os lameiros e sensibilizar para a importância da sua conservação. Segundo a Dulcineia, os lameiros são pastagens semi-naturais, constituídas sobretudo por plantas espontâneas, na maior parte gramíneas, e constituem a base da alimentação do efectivo pecuário existente, sobretudo bovino e ovino. Este complexo sistema produtivo, tem um grande valor ambiental que resulta da sua contribuição para a manutenção da biodiversidade vegetal e animal, na protecção do solo e dos recursos hídricos, no grande valor paisagístico, na preservação das produções zootécnicas autóctones e até na redução do risco de propagação de incêndios pela descontinuidade que introduz nas manchas florestais. De origem centenária, estas pastagens permanentes de montanha, ladeadas por freixos e/ou muros de pedra, constituem uma das paisagens mais características do Planalto Mirandês, principalmente no norte do concelho de Vimioso. Porém a sua manutenção está em risco, ameaçada pela progressiva desertificação do mundo rural, que conta hoje com uma população envelhecida. -
Gaivota - Centro de Acolhimento do Burro
Gaivota - Centro de Acolhimento do Burro
Tal como o seu amigo Atenor, também a Gaivota nasceu a 20 de Abril, embora com seis anos de diferença. Para a Gaivota os prazeres do pasto estão acima de tudo. Quando sai para os lameiros procura sempre os recantos onde a mistura de ervas lhe pareça mais fresca e nutritiva. De forma a manter a sua boa forma física, vai mordiscando aqui e acolá, com requintes de chef, de modo a combinar os elementos mais substanciosos com os mais saborosos. A Gaivota leva-o até ao Centro de Acolhimento do Burro, situado na aldeia de Pena Branca, a cerca de 5 km de Miranda do Douro. Com cerca de 20 hectares de lameiro, o Centro proporciona ainda um abrigo seguro e com boas condições aos asininos e muares que se encontram idosos, doentes, sujeitos a maus-tratos ou em situação de abandono. Aproveite para conhecer Miranda do Douro e, de seguida, venha visitar-nos no Centro de Acolhimento do Burro. -
Gorongosa - Centro de Valorização do Burro de Miranda
Gorongosa - Centro de Valorização do Burro de Miranda
Completando este ano 10 anos de idade – nasceu a 15 de Maio de 2011 -, a Gorongosa mantém a sua personalidade vincada, num equilíbrio entre a rebeldia e a meiguice. Se por um lado, faz jus à espécie com uma casmurrice acima da média, também é uma das primeiras a chegar-se à vedação para cumprimentar os seus tratadores, quando estes chegam pela manhã. Zeladora da sua independência e autonomia, ninguém a convenceu a mudar de ideias, e a Gorongosa recebe-o em sua casa, no Centro de Valorização do Burro de Miranda, situado na aldeia de Atenor, no concelho de Miranda do Douro. É aqui que habitam a maior parte dos Burros de Miranda que acolhemos - entre eles aqueles que fazem parte da Campanha de Apadrinhamento -, rodeados de prados onde têm liberdade para correrem e darem vazão aos seus instintos naturais. Sendo o primeiro e o maior dos nossos centros, além dos estábulos, o CVBM conta ainda com um cercado onde se acolhe o macho reprodutor e uma maternidade/infantário que abriga tanto as fêmeas prenhas como as recém-mamãs e os seus pequenos burrancos. Com a visita ao nosso Centro ficarão a saber mais sobre esta raça, única no mundo, e todo o trabalho de conservação que tem vindo a ser feito para assegurar a sua sobrevivência. -
Hera - Igreja de Azinhoso
Hera - Igreja de Azinhoso
Nascida a 20 de Maio de 2012, a Hera é ainda uma jovem adulta que faz tudo para chamar a atenção, de forma a evidenciar-se no grupo e a receber mais mimos, seja dos tratadores ou dos visitantes. No dia 3 de Abril de 2020, a vida da Hera ganhou um novo significado, com o nascimento da sua segunda cria. Depois de, há 3 anos, ter sido mãe da Noa, agora tem uma pequena Quinoa a quem dar toda a sua atenção. Embora atarefada a Hera não quis ficar mal e, recorrendo aos seus conhecimentos e experiência no território, aconselha-o a visitar a Igreja de Azinhoso, situada na aldeia com o mesmo nome, no concelho de Mogadouro. Esta igreja é um dos mais importantes templos medievais transmontanos, não obstante a sua localização periférica e as múltiplas dúvidas que subsistem em relação à exacta cronologia da edificação. De destacar no local, o Museu de Arte Sacra, com exposição permanente na Capela da Misericórdia, adossada à Igreja Paroquial de Azinhoso. Esta igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde o ano de 1962. -
Lavanda - Centro de Interpretação dos Pombais Tradicionais
Lavanda - Centro de Interpretação dos Pombais Tradicionais
Apesar de ser a caçula do grupo – nasceu a 13 de Março de 2015 -, a Lavanda é uma burrita muito responsável. Em Setembro do ano passado, deu à luz o Quercus e, desde então, acompanha o seu burranquito para todo o lado. Dotada de um notável instinto protector, a Lavanda adora alinhar em brincadeiras com os mais pequenos. Consciente da importância de dar experiências e tempo à sua cria em vez de brinquedos, a Lavanda recomenda aos seus padrinhos e madrinhas a visita ao Centro de Interpretação dos Pombais Tradicionais (CIPT), situado na aldeia de Uva, no concelho de Vimioso. Criado em 2014 pela Palombar – Conservação da Natureza e do Património Rural, com o objectivo de dar a conhecer os pombais tradicionais existentes na região do Nordeste Transmontano é, ao mesmo tempo, um espaço de partilha de conhecimento das técnicas de construção do património rural. Além de divulgar o conhecimento sobre este tipo de construção, o CIPT é o ponto de partida para a descoberta dos pombais e do seu valor cultural, arquitectónico e ecológico. -
Tó - Miradouro de São João das Arribas
Tó - Miradouro de São João das Arribas
Tendo nascido em Outubro de 2003, o Tó é o ancião do cercado, o burro sábio e ponderado que já não está para cavalgadas, embora mantenha a boa forma física. Sendo o mais velho dos orelhudos da Campanha de Apadrinhamento, o Tó é um avô sensato, que mantém a paciência para aturar as tropelias dos pequenotes e a afabilidade com que conquista todos os visitantes do Centro de Valorização do Burro de Miranda. Reformado, mas não parado, é o seu lema actual. Daí que o seu conselho de destino a visitar seja o emblemático miradouro de São João das Arribas, que tem uma vista deslumbrante do rio Douro e de escarpas graníticas que ultrapassam os 100 metros de altura. Este miradouro está localizado nas “arribas” do Douro Internacional, junto ao castro e à capela com o mesmo nome. É um excelente local para contemplação da paisagem e observação de grandes aves planadoras, como os grifos (Gyps fulvus) e os abutres-do-Egipto (Neophron percnopterus). Aproveite para conhecer Aldeia Nova, no concelho de Miranda do Douro, e siga as indicações para o miradouro de S. João das Arribas.